Ao fim do primeiro ano em que trabalhei no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), configurou-se um desafio: devido a uma temporada de exonerações numa mudança de gestão, eu, que havia sido contratado para reforçar a equipe ao lado do outro designer gráfico, de repente, me vi sendo o único profissional da área na Dircom, sigla da Diretoria de Comunicação naquela época. Por anos, eu atendi a quase todas as demandas de design gráfico de todo o Tribunal. Pode soar pesado, mas tudo era compensador, mesmo nos momentos mais difíceis e estressantes, com o suporte e a colaboração dos queridos colegas da Dircom.
Assim que cheguei lá, no início de 2013, recebi a missão de desenvolver um novo projeto gráfico para a revista Judiciarium, que era a principal publicação impressa do Tribunal. A revista era coordenada pela jornalista Janaina Cruz, amiga dos tempos do curso de jornalismo na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Trabalhando juntos, eu e Janaina descobrimos que, além de grandes amigos, éramos ótimos parceiros profissionais. Ficamos muito orgulhosos quando nossa parceria rendeu um prêmio no XI Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação de Justiça (Conbrascom), realizado em 2015 pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça, em Belo Horizonte. A matéria “Marcas da Ditadura” ficou em primeiro lugar na categoria reportagem escrita.
O trabalho na Dircom foi uma oportunidade de estreitar a amizade com outro amigo da UFS, o criativo jornalista Luciano Augusto, que era chefe da divisão de imprensa (e me convidou para essa oportunidade no Tribunal). Com ele embarquei em grandes ideias, como as campanhas “Atendimento Legal” e “Conte para a Justiça”, da Ouvidoria-Geral do TJSE – esta última, tão bem aceita que, até algumas semanas atrás, ainda estampava alguns carros do Tribunal.
Inesquecível também o trabalho junto à equipe de mulheres brilhantes da Coordenadoria da Mulher, nas campanhas contra a violência doméstica com a Semana da Justiça pela Paz em Casa.
Já com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), entre outras campanhas, trabalhei na divulgação do projeto “Pare, Concilie e Siga”, uma iniciativa de conciliação no trânsito que foi premiada na categoria justiça estadual no sétimo Prêmio “Conciliar é Legal”, realizado pelo Comitê Gestor de Conciliação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2016, além de ficar em primeiro lugar na categoria comunicação de interesse público no XIII Conbrascom, em 2017.
Era muito motivante trabalhar não só nesses grandes projetos do Tribunal, mas também nas ações internas, voltadas para os servidores, como a “Justiça Integrativa”, que promove qualidade de vida dos funcionários através de terapias alternativas, além de diversas ações para prevenção e cuidados de saúde. Outro projeto muito importante foi o “TJSE nas Redações”, que fazia o serviço essencial de instruir estudantes e profissionais de Comunicação sobre a estrutura e funcionamento do Poder Judiciário de forma didática e simplificada.
Não posso terminar esse post sem falar dos novos amigos que fiz na Dircom, como o editor de vídeo Rafael Lopes, o fotógrafo Bruno César, as jornalistas Denise Rodrigues e Cleide Andrade, o mestre Euler Ferreira e o competente RP Luciano Araujo. Sou grato por ter tido a sorte de trabalhar com pessoas tão incríveis, que me mostraram um sentido especial para a expressão "trabalho em equipe". Uma equipe de amigos; os que reencontrei e os que fiz lá, que levo para a vida.
As imagens são meramente ilustrativas e não correspondem exatamente aos produtos reais.